São Francisco de Assis:

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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Bate-bola sem deixar a batina


Rio - Se quando você pensa em um padre imagina um senhor sem nenhuma pinta de atleta, é sinal de que ainda não conhece o reverendo Kevin Lixey. Ele é diretor do Setor Igreja e Esporte do Pontifício Conselho, de Roma, e veio ao Rio para discutir a ligação da Igreja católica com o esporte, visando a Jornada Mundial da Juventude 2013, Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016, eventos com sede na cidade. O americano de 1,85 metro de altura e 43 anos praticou basquete por 19 anos e até hoje bate uma bolinha com seminaristas do Vaticano nas horas vagas. Ele também é grande fã de futebol e escolheu o Botafogo como time de coração.

Foto: Alexandre Vieira / Agência O dia


O DIA: O senhor jogou basquete por 19 anos. Quando isso aconteceu?
KEVIN: — Comecei a jogar com 9 anos, quando estava na escola, em Detroit, no estado de Michigan (EUA), minha cidade natal. Treinava todos os dias e participei de competições com escolas da região. Fui campeão em dois!

O DIA - Era bom jogador? Qual era sua posição no time?
KEVIN - Não sei se bom, mas era o primeiro a ser escolhido na hora de montar o time. Era mais alto que os outros meninos, isso ajudava. Jogava de pivô, no meio, recebendo e fazendo passes.

O DIA - Sonhava se tornar profissional e jogar na NBA?
KEVIN - Nunca passou pela minha cabeça, jogava por diversão. Mas acompanho, torço e sou fã de alguns jogadores. Torço para o Detroit Pistons e sempre que posso vou ao estádio.

O DIA - Quando o senhor resolveu ser padre? Teve alguma relação com parar de praticar o esporte?
KEVIN  - Não. Parei com o basquete por cauda dos estudos da faculdade de Filosofia. Foi na mesma época que tomei a decisão do celibato. Sempre estudei em instituições católicas e pratiquei a religião dentro de casa. Isso contribuiu para a escolha.

O DIA - Ainda joga basquete?
KEVIN - Quando tenho tempo livre jogo com os seminaristas do Vaticano.

O DIA  - O senhor participou no Rio de Janeiro do seminário Igreja e Fé. O que foi discutido ?
KEVIN - Não temos no Brasil alguém da Igreja Católica com ligação com o esporte e queremos tornar isso realidade. É importante ver atividades físicas como uma forma de cuidar do corpo e também da espiritualidade. Usar o esporte para passar conceitos católicos como amor e respeito ao próximo.

O DIA - A Igreja pretende atrair fiéis através do esporte?
KEVIN  - Esperamos que isso ocorra, mas não é o único objetivo. Queremos um ambiente sem drogas e violência, e isso os jovens encontram no esporte.

O DIA - Como o Vaticano vai investir em esporte no Rio?
KEVIN - Visitei centros comunitários católicos que oferecem atividades esportivas a crianças. Mas são poucos e o número tem que aumentar. Estudamos fazer um campeonatos durante a Jornada Mundial da Juventude em 2013. Mas não sabemos se será entre paróquias do Brasil ou com caravanas de outros países.

O DIA - Ficou faltando conhecer algum lugar do Brasil?
KEVIN - Gostaria de ter ido ao jogo de futebol Brasil x Argentina, em Belém do Pará, mas minha agenda de compromissos não me permitiu.

O DIA - O senhor também gosta de futebol? Sabe jogar?
KEVIN - Gosto. Aprendi a jogar também na escola e depois passei um ano estudando em Curitiba, no Paraná, onde joguei bastante. Mas não era bom como no basquete.

O DIA - E torce para que time?
KEVIN - Alguns padres tentaram me convencer a ser Vasco, mas escolhi o Botafogo como meu time de coração. Gostei das cores, combinam com as roupas dos padres.

O DIA - Arrisca palpite para o clássico entre Botafogo e Flamengo (hoje, às 14h)?
KEVIN - Vai dar Botafogo e vou estar torcendo do avião voltando para casa. Acho que vai ser 2 a 1 para nós.

Fonte: O DIA
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